sexta-feira, 5 de setembro de 2014


Venha,
não temos tempo,
correremos até o fim do amanhecer,
vamos,
dê-me tua mão corra comigo,
vamos aonde as auroras se apresentam,
onde os lobos brincam,
vamos adiante tudo isso,
abra as asas e venha comigo, 
voaremos sem rumo até as mais
longínquas estadias celestes,
lá seremos livres de toda a dor,
seremos donos dos céus,
seremos um com a noite,
seremos um em nossos corpos.
 Esvair-se

Estou evaporando,
torando-me nada para udo,
tornando-me tudo por entre linhas.
Estou me tornando a fumaça dos dias passados,
das queimadas, das valas,
estou sumindo de você,
enquanto me ignorava, eu me esvaziava por dentro,
me jogava fora,
agora que me quer,
estou sumindo,
para não mais me encher de dores,
sou aquelas nuvens que se formarão no firmamento,
estarei ali, enegrecendo,
pesando,
quando não puder mais te ver e tocar,
irei chorar, sobre você, 
minhas lágrimas,
meu corpo,
te molharei para que saibas
que um dia te amei, mas não me destes valor,
e assim escorrerei tocando teu corpo,
teu cabelo, teu rosto...
Egoísmo Cego

Abra-te ao que você mais ama,
sirva-se de sua própria arrogância,
sua própria estupidez,
sirva-se de seu ego alto,
voe o quanto puder,
você é tudo o que desejou a si mesmo,
você sabe a quem recorrer,
você sabe quem é o passado,
o presente,
e o futuro...
Você é o Universo de si mesmo.
Seether ft. Amy Lee
 De certa forma adoro ouvir essa música, Amy Lee é uma das musas inspiradoras que me dá alivio só de ouvir sua voz, é algo confortante isso.
A Vida Passa

Vivendo a todo instante,
como se o ultimo minuto fosse seriamente o fim
passando rapidamente os dias,
devemos resgata-los sem demora,
correr, nos acorrentar a quem queremos,
desarmar a nós mesmos,
parar e ler,
ver e escrever
o que somos de pequenos
e imprestáveis de tão grandes,
mas quem pode nos parar?
Somos o trem à meia noite
que foge nos trilhos a fora,
rasgando a tempestade,
varando a noite sem fim,
procurando a aurora em algum lugar,
hoje a noite será a fuga,
será a nossa deserção,
seremos livres para a eternidade,
seremos pássaros livres de nós mesmos,
seremos o vento fluindo para onde quiser,
pois não podem nos prender...

AD LACRIMARUM

Negras lágrimas, espessas
escorregam de meus olhos,
é apenas sangue,
de minhas veias estouradas,
ah lagrimas,
será?
O que devo dizer,
se meu sangue agora flui de meus olhos,
evento corpóreo estranho,
ou algo sobrenatural e bizarro?
É a Dama da Morte,
dama infeliz...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ecos

Ecos, jogados ao chão,
ecos do sim,
ecos do não,
ecos da Solidão,
ecos de prazer
ecos de mutilação,
ecos de viver
ecos para perder,
estes ecos se foram,
na forma de letras
dispersas ao vento,
relento e chuva,
nas parreiras em baixo das uvas
os ecos repousam,
para voltarem uma vez mais no 
fim da última tempestade de Verão.